Só no Brasil, mais de 1,9 milhão de procedimentos estéticos foram realizados em 2020, ano do pico da epidemia. Nos últimos meses, mais brasileiros apostaram em um empréstimo pessoal para estar entre os clientes de clínicas de beleza.
Declaração
“Esse aumento pode estar ligado a diversos fatores, a começar pelo valor da maioria das ações, que podem ser altas e não dependem da cobertura do plano de saúde. Soma-se a isso o fato de o Brasil ser um país com forte consumo cultural relacionado à estética, prática que permeia todas as classes sociais e faixas etárias, diz Ollie Wedin, CEO e co-fundador da FinanZero.
O Brasil lidera o ranking global de cirurgia plástica no rosto e na cabeça, de acordo com o último relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (ISAPS), concentrando 12,4% dessas cirurgias no planeta, superando Estados Unidos, Rússia, Japão e México. Quase meio milhão de medidas foram implementadas no país em 2020.
Entre as categorias mais populares estão embelezamento das pálpebras (cirurgia das pálpebras), rinoplastia, gosto de gordura, sobrancelha alta e pescoço alto. São procedimentos inacessíveis. O Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbe a divulgação dos valores da cirurgia estética por clínicas, mas ao pesquisar códigos de cirurgia plástica por meio de “reparação de pálpebras”, por exemplo, a faixa de preço anunciada varia de 4.000 a 16.000 dependendo da área e clínica.
Sem cobrir planos de saúde, brasileiros recorrem a empréstimos
Existem procedimentos estéticos que não estão apenas relacionados à beleza, mas também à saúde do paciente. Cirurgias reconstrutivas, solicitadas por médicos para pacientes submetidos à obesidade, também são um exemplo. Pode ser solicitado nos casos em que o aumento da flacidez corporal causada pela perda generalizada de gordura pode causar dermatite, fedor e erupções de fraldas. É uma condição em que a cirurgia plástica deve ser realizada em prol da saúde física e mental do paciente, mas não está na lista de serviços de cobertura exigidos pelos planos de saúde, segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS).
Em 8 de junho, o Supremo Tribunal Federal emitiu um decreto de que os planos não eram obrigados a arcar com os custos das cirurgias não listadas na lista da ANS.
Algumas das cirurgias que você enfrenta estão entre as mais populares no Brasil, como enxerto de gordura para correção e embelezamento reconstrutivo do nariz são cobertura obrigatória por planos de saúde, mas é preciso ter encaminhado o médico para esse fim. Na prática, muitos deles são procurados através do desejo do paciente de melhorar a aparência, ou insatisfação por prejudicá-lo fisicamente.
Os brasileiros têm que recorrer a outras alternativas, como empréstimos, para alcançar sua estética ideal. Como as medidas de espaçamento são relaxadas a pedido do Covid-19, a expectativa é que os pedidos de empréstimo para beleza aumentem nos próximos meses.
A FinanZero foi fundada em 2015 com o objetivo de facilitar a busca por empréstimos online.