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sábado, junho 10, 2023

Proposta do Banco Central: Bancos digitais podem terminar anuidade de cartões de crédito.

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Recentemente, o Banco Central apresentou uma proposta de mudança regulatória que mais uma vez divide a tecnologia financeira e os bancos tradicionais. Segundo levantamento da Zeta, organização que compõe muitas empresas de tecnologia financeira, como Mercado Pago e Nubank, parte dela, o impacto da mudança será milionário. Se essas novas regras já fossem válidas no ano passado, os clientes dessas instituições financeiras teriam desembolsado cerca de R$ 24 bilhões em tarifas.


Com a mudança de regra, o modelo de negócio do banco digital, que tem crescido com serviços gratuitos, como cartões de crédito sem análise, pode ser limitado.


Taxas de troca


A proposta é uma mudança na taxa de câmbio (TIC), índice pago por bandeiras de cartões aos exportadores (instituições financeiras), o que equivaleria à taxa imposta às transações feitas por cartões emitidos por empresas de tecnologia financeira e bancos.


Uma das principais fontes de renda para a tecnologia financeira é a cobrança de TIC, que, segundo as empresas, permite que outros serviços sejam prestados gratuitamente.

Cartões de débito diretos


Em 2018, a divisão começou, quando o Banco Central decidiu limitar 0,5% no TIC para cartões de débito. Naquele ano, a Agência argumentou que o objetivo da medida era incentivar o uso desse tipo de pagamento no Brasil.


A mudança fez diferença entre as tarifas pagas aos bancos e empresas de tecnologia financeira, já que o teto não seria aplicado aos produtos financeiros. Afinal, a maioria das empresas de tecnologia financeira não emite cartões de débito, mas cartões pré-pagos, que apesar da introdução de uma regulamentação diferente, têm um uso muito semelhante.


Agora, o mesmo teto pode ser definido para cartões de débito e pré-pagos pelo banco central, o que praticamente reduziria a arrecadação de tecnologia financeira. 


O estudo da Zeta baseou-se em um limite de 0,6% de TIC em 2021, semelhante ao limite de 0,5% nos cartões de débito estabelecido pelo Banco Central em 2018 e atualmente sendo considerado para cartões pré-pagos.


Em outubro de 2021, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou ser contra qualquer cronograma. No entanto, ele entendeu que tal medida permitiria um tratamento “mais ozônio” entre os agentes.


Impacto nas tarifas


Representantes da Zeta se reuniram com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, na primeira semana de junho, para dizer que o teto prejudicaria as operações de tecnologia financeira e mostraria o cálculo do impacto sobre as tarifas.


Além de apontar que o teto afetaria diretamente o modelo de negócio, Zeta fez a Campos Neto afirmar que se houvesse mudança real, as pessoas teriam dificuldade em acessar os bancos.

Por fim, o Banco Central disse que estava analisando as contribuições recebidas do mercado e que a proposta seria submetida ao Conselho de Administração do Banco Central “em breve”.

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