Após a aprovação, a proposta recebeu críticas de quem trabalha nesse campo social. O argumento é que a ajuda deve ser paga diretamente aos sem-teto e deve dar-lhes mais autonomia e capacidade de encontrar um lugar para morar, em vez de entregar dinheiro a terceiros.
Foco na restauração dos laços familiares
Como justificativa para a forma de pagamento da ajuda, Vargas declara que 60% dos moradores de rua da cidade de São Paulo ainda têm algum tipo de vínculo com parentes. Destes, 31% afirmam ser desabrigados devido a conflitos familiares.
“Queremos superar o erro histórico de pensar que a solução é a mesma para todos, pois é um público muito diversificado e precisamos aproveitar novas estratégias. O foco é restaurar os vínculos”, disse o secretário.
Um novo programa para ajudar os sem-teto foi chamado de “Reunião”. Apesar da aprovação, não foram revelados mais detalhes, como a quantidade de dinheiro a ser repassado. Segundo o secretário, a intenção é que as regras de ação sejam estabelecidas em julho e implementadas por lei.
Além disso, será criado um “Casa reecontro” que servirá como um espaço de encontro para os sem-teto com sua possível acolhimento, que pode ser parentes próximos, distantes ou amigos.O local presta assistência a psicólogos e assistentes sociais.
O número de moradores de rua que vivem nas ruas de São Paulo já chegou a 31.800, segundo dados do último censo do ano. No entanto, as previsões indicam que esse número pode ultrapassar a faixa de 65.000.