Os consumidores brasileiros pagam mais caro com litros de leite de longa duração do que a gasolina. Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço médio do combustível na semana passada foi de R$ 5,40. O custo dos alimentos, em média, é de R$6,79 por litro.
O aumento acumulado do leite chega a 72% em 12 meses, apesar da queda registrada nos últimos dias. De acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), as bebidas aumentaram 79,79% entre janeiro e agosto deste ano, enquanto a gasolina diminuiu 14,91%.
Quais são as causas do aumento?
Especialistas apontam que esse aumento é resultado de muitos fatores internos e externos que elevam os preços dos alimentos e alimentos e fertilizantes, como a entre-estação e as taxas de câmbio. Outro motivo é o aumento do diesel, combustível usado para o transporte de produtos.
Além dessas razões, a produção leiteira tornou-se cerca de 62% mais cara nos últimos meses. Diante de um novo cenário, muitos produtores migraram para outras regiões, reduzindo a oferta de leite em cerca de 9% no primeiro semestre do ano.
A bebida ficou mais de 100% mais cara apenas em 2012, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diese). Há dez anos, os consumidores podiam comprar 50 litros por 20 litros, mas hoje só podem comprar 9 litros pelo mesmo valor.
Enquanto isso, após cortes de ICMS e cortes de impostos federais, o combustível será mais barato. Além disso, o preço de um barril de petróleo caiu.
Derivados do leite
O aumento do preço do leite afeta não só o alimento em si, mas também todos os seus derivados. Nos últimos 12 meses, todos os produtos superaram 9,75%. Veja a lista.
- Requeijão: alta de 16,37%.
- Iogurte: 12,65% de alta.
- Leite UHT: 12,1% de alta.
- Queijo prato: 12,17% de alta
- Bebidas lácteas: alta de 9,96%.
- Queijo mussarela: alta 9,75%.