Entre o quinto e o sexto meses do ano, a região com maior queda nos recursos destinados ao pagamento da dívida foi o Nordeste, 24,1%. Nessa região, houve queda de 6,1%.
Nesse período, o valor médio recebido das contas em atraso foi de R$ 572,20. Nos dois meses anteriores, houve queda de 124,68 reais.
Motivo para redução de dinheiro separado para dívidas
Como justificativa para a queda no pagamento da dívida, Reinaldo Cafeo, economista-chefe da Paschoalotto, explica que houve uma mudança no comportamento dos brasileiros.
O especialista argumenta que as pessoas decidiram priorizar a melhoria da cesta de produtos consumidos “para retornar a um padrão de consumo que não tinham há algum tempo em vez de focar na inadimplência”.
Assim, as Cafeo alga que o endividamento podem ter mais a ver com o comportamento familiar do que com a questão macroeconômica brasileira.
Endividamento afeta 4 em cada 5 brasileiros
Do total de domicílios brasileiros, 79% referiram ter dívidas em Agosto, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC). Em relação ao mês anterior, houve crescimento de 1,0%.
A pesquisa também revelou um crescimento na proporção de mulheres e homens sobrecarregados com dívidas. Isis Ferreira, economista responsável pela pesquisa da CNC, relata que o volume de endividamento subiu 0,5% entre julho e agosto. Entre os homens, a altura foi ainda maior, 1% nesse período.
No entanto, em comparação com o mesmo período do ano passado, o executivo indica que as mulheres foram expostas a mais dívidas do que os homens.