O benefício, que passou a pagar em média R$ 21.718 milhões para 14,6 milhões de beneficiários, passa a atender famílias de r$ 20,65 milhões em parcelas de R$ 600 mil. Os valores atuais são temporários, mas o governo Bolsonaro estava unido em acreditar que a reeleição era suficiente como uma grande aposta para ganhar o apoio de uma população vulnerável.
Um exemplo de aposta de que Bolsonaro não conseguiu melhorar sua popularidade às vésperas da eleição de Auxilio Brasil de 2022 é a participação eleitoral. O índice de aprovação de Bolsonaro foi de apenas 43,2%, perdendo apenas para os 48,4% de Lula.
O Impacto do auxílio Brasil nas Eleições de 2022
As estatísticas mostram uma ligação significativa entre os números de ajuda do Brasil e as pesquisas. Embora seja impossível afirmar a relação entre causa e efeito, outras variáveis afetam em paralelo. Por exemplo, o tamanho de uma cidade ou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Considerando os municípios que mais se beneficiaram, até um quarto das famílias, Bolsonaro teve melhor desempenho, com média de 51% dos votos contra 39% do PT.
Esse padrão se repete em várias regiões do país. Mesmo nas regiões Sul e Sudeste, que venceram em todos os estados há quatro anos, Bolsonaro não era tão importante nas regiões mais pobres.
No Estado do Rio Grande do Sul, Bolsonaro recebeu 32% dos votos nas cidades mais beneficiadas por programas sociais, e 50% dos votos em cidades que não foram atendidas. Lula ficou com 62% e 41%, respectivamente, e também considerou recortes nos quais até um quarto das famílias ou mais de três quartos das famílias estão cadastradas.
Em Pernambuco, o candidato à reeleição recebeu 24% dos votos no município onde Auxilio Brasil mais atende, e 41% dos votos no município proporcionalmente menos dependente. O PT rendeu 72% e 52%, respectivamente, por sua vez.