Pensando nisso, os analistas da Levante Idea de Investimentos, Flavio Conde e Cauê Ribeiro montaram três carteiras: Bolsonaro, Lula e Defensiva com 10 ações cada.
Confira as carteiras montadas
Carteira Bolsonaro
1: Banco do Brasil
Segundo Levante, se não houver interferência do governo, eles são livres para emprestar a taxas de mercado. Analistas lembram que a empresa teve o maior lucro líquido de qualquer banco no segundo trimestre deste ano, além de um dividend yield de 8,6%.
2: Eletrobras
Na opinião de analistas, se Bolsonaro permanecer no poder, a Eletrobras não passará por intervenção do governo. Espera-se que sejam feitos investimentos em projetos rentáveis, além de reduções de custos e despesas.
3: Petrobras
O Estado pode ser privatizado e sujeito a políticas de paridade de importação. Esse investimento destina-se apenas a projetos que aumentem o retorno sobre o capital na exploração e produção de petróleo. A empresa tem alto retorno sobre dividendos e participação acionária (JCP).
4: Cyrela
As taxas de juros devem cair mais rapidamente e beneficiar todas as construtoras. A empresa teve a melhor prévia operacional do setor no terceiro trimestre deste ano, operando em todas as faixas de renda imobiliária.
5: Multiplan
As taxas de juros podem cair mais rápido e beneficiar todos os shoppings. Segundo a Levante, a empresa teve a melhor prévia de vendas do 3º trimestre e opera alguns dos melhores shoppings do Brasil.
Carteira Lula
1: Venda de ações no Banco do Brasil
Se Lula fosse eleito, analistas propuseram uma operação de venda (acredite na queda) dos ativos da empresa. Analistas dizem que o Banco do Brasil corre o risco de intervenção do governo se Lula ganhar.
2: Venda de ações da Eletrobras
Candidatos do PT têm criticado a privatização da Eletrobras, dizendo que a operação causou um aumento nas contas de luz e aumentou a aversão ao risco do mercado em caso de eleição de Lula.
3: Venda de ações da Petrobras
A empresa corre o risco de sofrer com a interferência do governo no potencial do regime de Lula, com analistas destacando a recente declaração do candidato do PT como “abra railler” para o preço da gasolina, diesel e gás de cozinha.
4: MRV
Se Lula ganhar, o programa Casa Verde e Amarella será rebatizado de Minha Casa Minha Vida e fortalecido. Neste segmento, destaca-se a construtora e incorporadora MRV e, segundo a Levante, deve se beneficiar disso.
5: BrMalls
As empresas que administram shopping centers podem se beneficiar da continuidade do auxílio Brasil porque seus shoppings são voltados para a Classe C, ou seja, um público mais popular em média.
Carteira defensiva
1: Itaú
A instituição é um grande banco privado para recuperação econômica, redução das taxas de juros e possível queda nos atrasos. Fora isso, o preço das ações da empresa é de apenas 189% do valor da ação, com média histórica de 210%, disse Levante.
2: Isa CTEEP
É a maior empresa de transmissão do Brasil e grande parte da receita dos contratos de concessão será indexada ao IPCA e, em parte, ao IGP-M, o que protegerá a empresa e suas consequências durante a fase de alta inflação.
3: Prio
É uma empresa focada em investimento e recuperação de ativos na produção de petróleo, especializada em gestão eficiente de reservatórios e redesenvolvimento de campos de petróleo maduros.
4: Cyrela
Com taxas de juros mais baixas no próximo ano, espera-se que as construtoras se beneficiem, pois possuem a melhor prévia operacional do setor no 3º trimestre, trabalhando em todas as faixas de renda e trazendo um caráter defensivo para a empresa.