Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram, em sua maioria, a favor da mudança da licença-maternidade. A decisão estipula que o benefício começará a ser calculado a partir da data de alta da mãe ou do recém-nascido do hospital. A regra se aplicará aos casos em que o período de recuperação for superior a duas semanas.
A decisão faz parte do trabalho do Partido Solidariedade, que ainda está em julgamento perante os ministros. Enquanto faltam cinco votos para a conclusão do plenário virtual, com votos contados no sistema eletrônico do SUPREMO Tribunal Federal, a nova regra pode afetar a vida das gestantes que trabalham oficialmente.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de bebês prematuros nascidos anualmente no país chega a 280 mil. Geralmente são casos que requerem maior internação.
Proteção à maternidade
A solidariedade como questões levantou alguns trechos da Unificação das Leis do Trabalho (CLT) e da Lei de Benefícios Previdenciários. De acordo com a ação judicial, as leis devem ser interpretadas para garantir a proteção da maternidade, da infância e da relação familiar.
Além disso, o partido também argumentou sobre os caminhos conflitantes que a justiça estava adotando em casos de nascimentos prematuros de crianças, o que pode exigir internação prolongada. Mesmo nesses casos, a data de entrega foi usada como um marco no início da licença.
Mudança para a licença-maternidade
Há dois anos, a Suprema Corte emitiu uma decisão provisória especificando o início da licença-maternidade a partir da data da saída da mãe ou da criança. O Tribunal está decidindo o assunto de uma vez por todas.
A grande maioria dos ministros acompanhou o voto do relator, ministro Edson Fachin. Para ele, a decisão de apoiar a mudança leva em conta os princípios e direitos da mãe e do recém-nascido, que incluem vida, saúde, alimentação, liberdade e convivência familiar.