Durante a eleição presidencial, o presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT) fez várias promessas para garantir a melhoria da economia. No entanto, segundo especialistas econômicos, o PT pode enfrentar um cenário desfavorável a partir do próximo ano.
A razão é que o crescimento da inflação global e os cortes orçamentários para o uso do Poder Executivo são aplicados a ações e políticas públicas que gerem um aumento da renda familiar e estimulem a geração de empregos.
Diante de tantos desafios, confira o que pode mudar no cenário de alguns dos pontos mais discutidos da economia entre os brasileiros.
Auxílio Brasil, salário mínimo, gasolina: O que pode mudar com a vitória de Lula?
Especialistas financeiros dizem que através de previsões para esses segmentos no próximo ano e além:
1. Combustível
Os preços dos combustíveis podem subir novamente no início do regime de Lula. Isso porque o limite de ICMS de dezembro terminou, aliado ao atraso cumulativo, dificultando a contenção da bomba de subir.
Segundo economistas, não há espaço no orçamento de 2023 para manter os impostos abaixo de 18% dos atuais 17%, e novos cortes podem não ganhar apoio da Assembleia Nacional.
Além disso, a mudança da política de preços da Petrobras pode causar problemas financeiros no médio e longo prazo, já que o combustível pode cair no curto prazo, mas reduzirá a distribuição de dividendos aos acionistas da Pretroleira.
2. Salário mínimo
Segundo as promessas de Lula, o salário mínimo excede a inflação e tem potencial para benefícios substanciais para os brasileiros.
Para que isso fosse possível, o senador eleito Wellington Diaz, que trabalhou na campanha de Lula, disse que a taxa média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) há cinco anos seria incluída nas regras para a correção do piso nacional, que poderia ser de 2% em 2023.
Para analistas, ainda não está claramente definido onde o dinheiro começará a aumentar, a menos que haja o fim da base do teto de gastos.
3. Auxílio Brasil
Durante a campanha eleitoral, Lula disse que aumentaria a ajuda ao Brasil para 600 reais e pagaria 150 reais a mais por criança de até 6 anos. A intenção do petista é atualizar o programa e devolvê-lo sob o nome de Bolsa Família.
Além disso, para os profissionais, Lula precisa manter a cobertura do número de beneficiários, mas é preciso que haja regras mais específicas para quem está se beneficiando. Mas o aumento do valor será um grande desafio orçamentário para o novo presidente.