Apesar do Brasil ter fechado suas contas no azul este ano pela primeira vez em 10 anos, analistas econômicos disseram ao governo sobre uma brecha fiscal de cerca de 400 bilhões de reais no próximo ano.
No entanto, o buraco deixado por Bolsonaro (PL), que chega a R$ 173 bilhões, deve ser separado dos custos previstos na promessa de campanha do presidente eleito Lula (PT).
R$ 173 bilhões de Bolsonaro
De acordo com os cálculos realizados pela XP Investimentos publicados pelo UOL, as medidas adotadas pelo regime Bolsonaro que atingem esse valor são:
- Isenção de PIS/Caixão para combustível: R$ 54 bilhões;
- Precatórios: R$ 54,4 bilhões;
- Compensação de ICMS para os Estados: R$ 20 bilhões.
- Piso Nacional de Enfermagem: R$ 16,3 bilhões.
- Reajuste de servidores: R$ 17,1 bilhões.
- Despesas correntes: R$ 11,5 bilhões.
Promessas de Campanha
Pois bem, em conexão com as promessas da campanha feitas pelo candidato, bem como de acordo com os cálculos do XP, os custos são os seguintes:
- Reforma tributária: R$ 122 bilhões.
- Manutenção do auxílio em 600 reais: 52 bilhões de reais.
- R$ 150 adicionais para famílias com crianças menores de 6 anos: R$ 16,2 bilhões;
- Ajuste do salário mínimo com lucro real: R$ 9,7 bilhões.
- O investimento em infraestrutura é de R$ 50,3 bilhões.
Se somarmos esses valores junto com os buracos já deixados pela atual gestão, o valor chega a mais de 400 bilhões de reais.
Vale ressaltar que das propostas acima, algumas foram feitas por Lula, outras por Lula e Bolsonaro.
Nas eleições de Lula, sua equipe está pesquisando como implementar medidas votando na PEC (Emenda Constitucional) que retira os programas sociais dos limites de gastos.
Orçamento de 2023
O orçamento de 2023 enviado à Assembleia Nacional pelo regime Bolsonaro não abre o escopo da implementação da proposta. Além disso, o valor da ajuda brasileira contida no documento é de apenas R$ 405.
É por isso que Lula precisa encontrar dificuldades na conta pública para implementar as medidas de seu plano de governo.