Segundo José Alberto Paiva Gouveia, presidente da Federação dos Varejistas de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), a gasolina pode subir para R$ 0,90 a partir de 1º de Janeiro. Para o etanol, o aumento de consumidores pode chegar a R$ 0,70.
Em um pedido ao futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, exigiu que não haja prorrogação da isenção do imposto federal sobre combustíveis. Agora, uma portaria aprovada pelo governo Bolsonaro reduz a zero os impostos federais cobrados sobre combustíveis como caixão e PIC/Pasep.
Além disso, a gasolina também é isenta de encargos CIDE (Contribuição de Intervenção Econômica). Portanto, se Haddad aceitar o pedido de Paulo Guedes, o imposto será cobrado novamente em 1º de janeiro, e um valor alto será imposto à bomba no posto de gasolina.
Haddad pede mais tempo para avaliação
O presidente do Sincopetro diz que os postos de combustíveis não podem evitar repassar o aumento aos consumidores. Isso acontece devido a um aumento significativo no valor de compra de combustível. No entanto, no caso de Gouveia, o governo Lula pode renovar a isenção tributária já em 1º de janeiro.
Além disso, José Alberto disse ainda que o novo Governo está a tentar tirar benefícios políticos desta situação. Ao aceitar o pedido de Guedes, essa medida faria com que o aumento da gasolina dependesse diretamente da reputação de Lula.
Por fim, em relação a Haddad, o futuro ministro da Fazenda disse que é preciso mais tempo antes que ele possa decidir sobre a isenção do imposto sobre combustíveis. “Qual é a urgência de agir três dias antes da posse? Especialmente em questões que podem ser decididas sem superá-las”, acrescentou.