As contas que serão pagas nos próximos anos referem-se à eletricidade. Segundo o coordenador, o diagnóstico do departamento de energia é “assustador”.
“O curso de ação tomado pelo governo deixará um legado muito ruim para o próximo governo, que terá que ser pago pelos consumidores de eletricidade”, disse ele.
A privatização da Eletrobrás afetou a região
Para o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a privatização da Eletrobrás é uma das principais causas da conta. Segundo Tolmasquim, a privatização da Eletrobrás realizada no regime Bolsonaro gerou um custo de 368 milhões de reais nas contas de luz do consumidor.
O projeto de lei aprovado pelo Congresso vendeu o estado. Além disso, o texto obrigou o governo a comprar energia de usinas a gás natural nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste a partir de 2026. Mas, segundo o coordenador, são “lugares distantes onde não há gás natural”.
Segundo Tolmasquim, as reservas de mercado das pequenas centrais hidrelétricas (PCH), que também estavam previstas na privatização da Eretrobras, trouxeram contas de mais de 55 bilhões de reais.
“Hoje, o custo de geração de eletricidade é muito baixo, nossas fontes [de energia] são baratas, temos bons recursos naturais, mas as tarifas pagas pelos consumidores são proibitivas e uma das mais caras do mundo.
Covid, escassez de água e contratos emergenciais para usinas térmicas também desempenharam um papel
Além da privatização da Eletrobrás, a chamada “conta Covid” também custará cerca de 23 bilhões de reais. Além disso, os contratos emergenciais para usinas térmicas que somam R$ 39 bilhões e R$ 6,5 milhões para a escassez hídrica enfrentada no ano passado são adicionados ao preço total.