A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que quer reduzir o uso de dinheiro no Brasil. A intenção é priorizar as transações financeiras por meio de sistemas digitais, que estão se tornando cada vez mais comuns.
De acordo com o texto, essa proposta poderia promover uma melhor organização financeira, além do combate à corrupção e à violência. O texto substitui o relator, deputado Lucas Vergílio (Solidariedade-GO), pelo projeto de lei 4586/16 do ex-deputado Rômulo Gouveia.
Uso do dinheiro
Para esse projeto, cabe ao Conselho Monetário Nacional (CMN) definir o valor máximo e as diretrizes para as transações financeiras ou pagamentos de cheques físicos.
Com base em tais restrições, o projeto estipula que qualquer montante que exceda o máximo deve ser feito transações tendo em conta meios eletrónicos ou créditos.
Além disso, de acordo com o projeto de lei, tais mudanças serão incluídas na Lei de Lavagem de Dinheiro. Para o relator, deputado Lucas Vergilio, o PIX hoje é muito utilizado pelos brasileiros e é uma ferramenta que ele chamou de “uma movimentação de valor simples, prática, barata, segura e rápida”.
O projeto considera os avanços tecnológicos, especialmente a praticidade garantida por meio de pagamento como o PIX. A ideia de reduzir o uso de dinheiro é reforçada por menos pessoas circulando na caixa de transações com dinheiro.
O projeto aprovado é um dos que vai junto ao PL 48/15, elaborado pelo deputado Reginal Lopez (PT-MG), tentando acabar com a produção, circulação e uso do caixa. Vergílio recomendou a rejeição deste e de outros projetos (PL 6721/16).
Outro ponto é que as instituições financeiras voltadas para a promoção de negócios sem guarda de valor ou transferência de recursos podem operar sem a apresentação de um plano de segurança pela Polícia Federal (PF).