Wellington Diaz, ministro do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Fome, confirmou na semana passada que a pasta começaria a bloquear os benefícios do Bolsa Família. Cerca de 1,5 milhão de pessoas serão cortadas do programa em março.
Esses cidadãos não se enquadravam nas regras e recebiam valor indevidamente. Além disso, outras 2.200 famílias optaram pelo encerramento voluntário da iniciativa nas últimas semanas, de acordo com Diaz.
Em Dezembro, o Escritório Federal de Prestação de Contas (TCU) disse que havia sinais de fraude, incluindo um aumento no número de beneficiários que vivem sozinhos. “A maior prova é que o número de famílias unipessoais em beneficiários dobrou desde 2020”, disse ele.
Por isso, a atual gestão, desde o início de janeiro, tem realizado um pente fino com o chamado Cadastro Único (CadÚnico), com o objetivo de excluir quem recebe o valor de forma inadequada. A maioria dos bloqueios deve atingir cidadãos que afirmam viver sozinhos para receber, mas vivem com os outros.
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O principal objetivo da reestruturação é abrir espaço para as pessoas que realmente precisam de dinheiro. Em Março, o governo espera incluir cerca de 700 mil famílias que atendem aos requisitos, mas ainda não pagaram salários.
“Na avaliação, prevê-se que sejam retirados um mínimo de 2,5 milhões de irregulares, mas também uma busca ativa vai permitir levar para a receção aqueles que têm direito e estavam na fila, que estavam fora de casa e que estavam a morrer de fome”, disse o ministro.
Outra novidade, que está prevista para março, é o início de um pagamento adicional de R$ 150 por criança menor de 6 anos. A nova gestão também planeja criar um aumento de pessoas entre 7 e 18 anos, mas o número ainda não foi confirmado.