O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou com a Polícia Federal nesta terça-feira (16). O depoimento durou 3 horas e 30 minutos.
A PF exigiu que políticos abordassem questões como supostas fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19. Além disso, segundo o jornal O globo, Bolsonaro ainda precisava falar sobre o ataque de 8 de Janeiro.
A empresa também questionou Bolsonaro sobre conversas entre seus assessores do governo. Nele, a PF citou Mauro Sid, ex-assessor do presidente suspeito de fraude. Entenda quais são as acusações sobre o ex-presidente, veja as declarações de Bolsonaro.
Quais são as acusações contra o ex-presidente?
Operações da Polícia Federal no início deste mês tiveram como alvo o ex-presidente Bolsonaro e seus auxiliares. A investigação é um plano suspeito para adulterar cartões de vacinação contra a Covid-19.
Em suma, Jair Bolsonaro sempre criticou a vacinação contra a Covid-19, fazendo declarações consideradas “encorajadoras” para garantir que apoiadores e outros cidadãos não se vacinem.
No entanto, em dezembro de 2022, o presidente viajou aos Estados Unidos, país que exige que os visitantes comprovem a carteira de vacinação.
Segundo a PF, o sistema do Ministério da Saúde estava falsificando os dados para que Bolsonaro pudesse ter o comprovante de vacinação. O registro já foi excluído. A suspeita da empreitada é que o golpe tenha ocorrido para que Bolsonaro entrasse no país norte-americano.
Além disso, na operação, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, incluindo a casa de Bolsonaro. Em meio à ação, a Polícia Federal prendeu o coronel Mauro Sid, ex-assessor do presidente apontado como responsável pela fraude do comprovante de vacinação.
O que Jair Bolsonaro disse à PF?
Em seu depoimento às 3h30, Jair Bolsonaro afirmou que nunca percebeu o cartão de vacinação fraudulento, já que a investigação também se estendeu à filha de Bolsonaro e outras pessoas próximas ao ex-presidente.
Segundo o político, ele não sabia e nunca ouviu Sid falar sobre o esquema de fraudes. Ele também disse que não sabia como movimentar o ConectaSUS e não sabia quem emitia os documentos.