O programa Bolsa Família, que completará 20 anos de história em outubro, está fazendo grandes conquistas no combate à pobreza no Brasil. Isso ocorre porque grande parte da população que recebe assistência do governo acaba cruzando a linha da pobreza do país.
Segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas, pelo Instituto de Economia Aplicada (Ipea) e pelo Banco Mundial em cooperação com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, nos últimos seis meses, 3 milhões de famílias brasileiras saíram da pobreza graças a esse programa. Saiba mais abaixo!
Bolsa Família tira milhões de brasileiros da pobreza
Atualmente, o Bolsa Família atende 21,47 milhões de domicílios em todo o país. Destes, 92% (19,7 milhões de domicílios) ultrapassam a linha da pobreza. Esse é o maior índice de beneficiários fora da pobreza da história do programa.
Além disso, uma das mudanças importantes promovidas por Lula ao recriar o Bolsa Família em março passado foi a renovação dos valores que determinaram a situação de pobreza e extrema pobreza no Brasil. Atualmente, pessoas que vivem até R$ 109 por mês são consideradas muito pobres e pessoas com renda entre R$ 109 e R$ 218.
Mudanças no programa
Outra medida importante foi a retomada do pagamento de valores diferenciados. Isso porque no programa do governo anterior, o Auxílio Brasil, todas as famílias, independentemente do número de inscritos, recebiam um benefício de R$ 600.
Atualmente, além do mínimo de R$ 600, há mais R$ 150 para menores de 7 anos e R$ 7 para gestantes e pessoas de 7 a 18 anos. Além disso, o governo também estabelece um mínimo de R$ 142 por pessoa para garantir que as famílias não fiquem abaixo da linha de extrema pobreza.
Segundo Rafael Osorio, vice-diretor de Estudos Sociais da Pairia, “houve um aumento significativo no número de beneficiários que conseguiram sair da linha de pobreza de 218 reais por pessoa, o que significa que essas famílias ganham o suficiente para sair da pobreza, com recursos próprios e transferências de renda do programa”.
Resultados positivos do programa
Além disso, segundo estudo coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Social da Mobilidade (IMDS), 64% das crianças de primeira geração beneficiadas pelo Bolsa Família em 2005 cresceram e se tornaram adultos independentes do programa, alcançando melhor mobilidade social e qualidade de vida.
Por fim, Wellington Diaz, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, comemorou esses resultados promissores e enfatizou que o programa terá um impacto positivo não só na geração atual, mas também nas gerações futuras, criando oportunidades e melhorando as condições de vida das famílias mais vulneráveis do Brasil.
