A declaração de Lula em questão foi feita em Buenos Aires. Segundo Sanderson, o discurso de Lula foi “um discurso que é completamente falso, inteiramente falso e não pode ser aceito pelo Congresso”. Por isso, o vice-presidente pediu ao Legislativo e ao Judiciário que respondam de forma decisiva às falsas acusações do presidente.
Além disso, o parlamentar disse ainda que o impeachment do ex-presidente não poderia ser constituído como um golpe, sujeito a todas as normas legais e constitucionais.
A atitude de Congressista teve apoio de Eduardo Bolsonaro
Sanderson recebeu o apoio de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao anunciar publicamente que havia pedido o início das demandas de impeachment contra Lula. Ao comemorar a ação em um comentário no post do vice, Eduardo comentou: “Bom Sanderson”.
O impeachment de Dilma em 2016
Se lembrarmos, o impeachment de Dilma Rousseff terminou em 31 de agosto de 2016, quando passou pela Assembleia Nacional e estava sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, a votação na Câmara terminou com 367 votos a favor do impeachment, 137 contra e 7 abstenções. No Senado, foram 61 votos a favor e 20 contra.
O impeachment foi baseado na Lei de Responsabilidade Fiscal, que alicerçou o planejamento, a transparência e o controle. Portanto, havia dois argumentos para a denúncia.
- A edição de decretos para abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional;
- O atraso de pagamento para bancos e autarquias, com o intuito de melhorar as contas federais, movimento conhecido atualmente como pedalada fiscal.
No entanto, a defesa de Dilma disse que os fatos apontados no processo foram apenas um pretexto para pôr fim ao atual projeto político. “Por meio da defesa de Dilma, afirmamos que não havia motivos para esse impeachment”, disse José Eduardo Cardoso, ex-ministro da Justiça, ex-procurador-geral da República e responsável por defender o então ex-presidente durante o processo de impeachment.