Há alguma especulação, mas de acordo com a avaliação da equipe de Lula, o valor corresponde ao aumento do salário mínimo. Durante sua campanha eleitoral, o PT prometeu permitir reajustes salariais superiores à inflação, ou seja, com benefícios reais.
No entanto, ainda não é certo que a expansão será de R$ 1.212 em relação ao atual piso nacional de R$ 100. Mas, de qualquer forma, a alteração do salário mínimo, de acordo com a Constituição Federal, deve pelo menos representar a taxa de inflação do ano anterior.
Salário mínimo 2023
Quanto ao salário mínimo em 2023, na proposta orçamentária enviada ao Congresso pela equipe de Jair Bolsonaro em agosto, o piso passa para R$ 90, já que o reajuste salarial é de R$ 1.302.
A revisão é baseada em previsões para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), principal indicador de inflação do país, que vem caindo nos últimos meses. No entanto, o governo eleito trabalha para garantir um aumento ainda maior.
Segundo Wellington Diaz, senador e membro do grupo político de Lula, o piso nacional deve superar a inflação de 1,3% a 1,4% neste ano. Portanto, estima-se que o mínimo suba de R$ 1.212 para R$ 1.320 em relação a janeiro, resultando em uma alta acima de R$ 100.
PEC deve garantir apenas os R$ 600 do Auxílio Brasil e o aumento real no salário mínimo
Ao que tudo indica, a transição da PEC (Emenda Constitucional) só garante o pagamento de R$ 600 pelo auxílio brasileiro em 2023 e um aumento substancial do salário mínimo, diz Ciro Nogueira, ministro do Conselho de Cidadãos.
Portanto, o texto deve se limitar às propostas feitas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha eleitoral. O ministro apontou essa possibilidade no último domingo (13).
“Transição PEC, como o nome sugere, é para transições. Deve garantir apenas a comunalidade das duas candidaturas: assistência de 600 reais e um aumento substancial do salário mínimo em 2023?”, disse o ministro em nota.
“A posição que sou progressista e defendo é aprovar a PEC, sim, mas para a transição, garantir estabilidade no primeiro ano de governo”, acrescentou.
Cabe ressaltar que a aprovação da PEC é a questão mais urgente no momento, já que a equipe de Lula deve garantir sua implementação até o final deste ano. No entanto, o texto ainda aguarda apreciação pelo Senado Federal, após o que segue para a Duma do Estado.
No entanto, o grupo político de Lula encontrou um clima menos favorável na casa do senador. Acontece que o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pediu mais tempo para analisar esse tema. De qualquer forma, mesmo que a votação seja adiada, o novo prazo está dentro do cronograma considerado “viável” pela equipe de Lula.